O lugar?!?

Já à uns tempos que ando a tentar escrever qualquer coisa sobre o lugar, mas até agora não me saiu nada de jeito e como devo ser o bloger que menos está presente sinto-me na obrigação de cá vir de tempos a tempos escrever umas quantas asneiras (quiçá com sentido ou sem sentido).

Como já disse antes falar sobre o lugar não é algo que seja concreto, evidente e objectivo...as perspectivas sobre tal assunto são as mais diversificadas e estão em constante metamorfose.

Esta subita procura pelo "tal" lugar assemelha-se em muito à procura pela "tal" pessoa. Não é algo que se encontre ao virar da esquina, é algo que precisa de um caminho, de maturidade e de muito conhecimento.

Ainda hoje acabei de ler um livro de uma estrela da arquitectura, Rem Koolhas, em que se fala de algo chamado de cidade genérica, que consiste numa cidade sem personalidade, que se pode auto-destruir e auto-construir, onde as pessoas teem tudo. Consumismo puro e duro. A cidade é feita para o vicio do povo e quando o vicio é outro a cidade destroi-se e volta a renascer das cinzas para satisfazer o novo vicio.

Segundo a minha pessoa encontar um "lugar" numa cidade daquelas é surreal, para não dizer impossivel (depende de varios factores). A história traz muito ao sitio (lugar) é como se as paredes falassem contigo quando estas lá só, é como se tudo á tua volta te informa-se - não como 50 paineis de LED numa rua de Nova Iorque, algo mais produndo, mais selecionado.

Tudo isto é relativo, pois a noção de lugar muda de pessoa para pessoa.
Para mim Lugar é onde paras, olhas e o tempo à tua volta fica em modo pausa e o resto é o resto. És só tu e o Lugar.

Saudações